Pensa:Mentos, the freshmaker

O pessoal anda todo maradão. Uns não têm emprego. Outros andam nas escolas a fazer turismo, pensando que isto do desemprego de muitos dos seus pais é uma epidemia que passa com uma vacina.
A malta que vai para os lares porque já ultrapassaram a data de validade são esquecidos e maltratados.
A malta que tem saúde dedica-se a estragá-la com todo o tipo de maluqueiras.
A malta que não tem saúde anda de farmácia em hospital, queixando-se ou pedindo apoios.
Os putos já mandam nos pais porque os pais ficaram traumatizados com a educação que receberam.
Depois há uns malucos, que já não andam na escola mas que se dedicam exclusivamente a gastar o dinheiro dos pais ou a fazer porcaria para ganhar dinheiro.

Por fim, acredito que apareça uma vacina que cure isto tudo, e um dia o HOMEM seja um ser evoluído, como se diz.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Onde está abril?

Nasci em 1988. Não assisti à ditadura salazarista nem à revolução dos cravos. Diz quem viu que foi um alívio. Os soldados tomaram o poder e deposeram Marcello Caetano. Até aqui tudo muito bonito.

A minha primeira dúvida é: onde estavam os pais da revolução, como chamaram a Mário Soares, ou outros grandes nomes da revolução, quando a revolução se deu?
Se não fossem os ideais dos capitães onde estaríamos agora? Teriam já colonado Salazar, havendo essa hipótese de nunca termos sido libertados?
Não quero assim demonstrar ideais anti ou pró qualquer partido ou ideologia política. Reconheço mérito às pessoas pelo seu valor. Reconheço valor a Álvaro Cunhal, que se batem sem temor, a Salgueiro Maia, que arriscou a cabeça, e a tantos outros homens e mulheres que se bateram pela liberdade e por aquilo que acreditavam.

"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."

Estas palavras foram proferidas por Fernando José Salgueiro Maia, distinto capitão do exército português, que saiu na madrugada de 24 de Abril de 1974 de Santarém em direcção a Lisboa para fazer aquilo que toda a gente sabe que fez. Não foi António de Spínola nem nenhum "pai de Abril". (Se algum dia quis ser militar foi inspirado nesse homem que nem conhecia bem)

Ora, a partir daqui aumenta a pequena bola de neve, iniciada nos tempos em que o Homem ganhou racionalidade, mas que assumiu maiores proporções nesta data. O poder, depois de ganho por homens com honra, passa para pequenos "vermes" que viveram anos escondidos atrás dalguma coisa para a PIDE não lhes dar um jeitinho ao sebo, que davam graxa no velho Estado Novo, pessoas sem ideais, atrás de oportunidades, chamados oportunistas.

Outro ponto essencial é o povo, que unido jamais seria vencido, mas agora está mais do que derrotado. O povo, viveu em repressão anos a fio e dum momento para o outro viu-se livre. Fazendo uma pequena analogia, comparo o povo a um bebé que nasce, que teve limitado algum tempo, que recebia o que lhe davam, bom ou mau, bacalhau ou pão, e que de um dia para o outro desperta para a vida, uma vida livre. Mas como os conceitos de liberdade não estavam enraizados em ninguém e toda a gente ficou livre de um dia para o outro, torno à analogia e digo que abandonaram o bebé, pior, andaram aos saltos com ele no ar e depois o deixaram cair no chão. E porquê? Porque a "mãe" do bebé mudou. Deixou de ser a mulher sofrida e honrada, para ser a mulher oportunista, egoísta e vingativa, que, passando para a realidade e falando nas autoridades administrativas, passaram a deter o poder que tinha sido dado ao povo, e voltou-se a viver numa ditadura camuflada. Toda a gente sabe que as crianças necessitam de grande apoio quando nascem, é essa uma fase muito delicada para elas, mas para Portugal, que já tivera grandes problemas no útero materno, essa foi a pior fase de todas.

Foi a fase em que entregaram Portugal ao oportunismo e ao salve-se quem puder, e isso é mau.

Hoje, quase 33 anos depois, já ninguém liga às vendedeiras de cravos nem ao exército. Hoje vivemos sedados pelas modas internacionais desta aldeia global. Já não temos de lutar por Portugal mas pelo Mundo. Mas é por Portugal que temos de começar. É por cada um de nós que temos de começar, sem medo, sem preguiça, sem inércia.

E a minha segunda pergunta é Onde está Abril? Onde estão as idealogias? Parece que foram trocadas a dinheiro. Isso é mau. Um barco sem leme é presa fácil para uma vaga, por muito inofensiva que ela seja. Um homem sem fé é como um barco sem leme. Temos de acreditar em nós para vencer os desafios da vida, desta nova vida que já não é só aqui e ali, mas que é quase em todo lado ao mesmo tempo.`

É preciso ouvirmos uma voz à cabeça do pelotão a gritar para nós:
"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."`
É preciso marchar e lutar.

"Até amanhã camaradas"

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Duas novas descobertas: Goran Bregovic and his Wedding and Funeral Band & Ofra Haza

Ele é um músico e compositor sérvio-bósnio que toca uma mistura entre ritmos tradicionais da música da sérvia e arranjos modernos e pop. O que dá uma excelente mistura. Já pôs as pessoas a dançar num espectáculo no Casino Lisboa. Considero muito interessante.



Ela foi uma cantora israelita que já se finou. Tinha uma daquelas vozes de filme de quase amor. Não sei muito das suas proezas, ou mesmo se frequentava casinos. Só sei que faleceu em Telavive em 2000.



Espero que gostem.

Terra Nostra: um épico

Depois de ter andado desesperadamente à procura de coisas para aqui escrever, lembrei-me duma muito simples: música. Adoro-a. A ideia não és espetar aqui com músicas e letras a granel ,mas sim mostrar a importância que elas têm para mim, associando-as aos temas que costumo escrever.

Isto é uma pérola do H.J. e da M.R., que mesmo não tendo muita relação com música, penso que é muito interessante para alivar umas tensões.
Daqui a pouco já cá ponho mais qualquer coisa.