Pensa:Mentos, the freshmaker

O pessoal anda todo maradão. Uns não têm emprego. Outros andam nas escolas a fazer turismo, pensando que isto do desemprego de muitos dos seus pais é uma epidemia que passa com uma vacina.
A malta que vai para os lares porque já ultrapassaram a data de validade são esquecidos e maltratados.
A malta que tem saúde dedica-se a estragá-la com todo o tipo de maluqueiras.
A malta que não tem saúde anda de farmácia em hospital, queixando-se ou pedindo apoios.
Os putos já mandam nos pais porque os pais ficaram traumatizados com a educação que receberam.
Depois há uns malucos, que já não andam na escola mas que se dedicam exclusivamente a gastar o dinheiro dos pais ou a fazer porcaria para ganhar dinheiro.

Por fim, acredito que apareça uma vacina que cure isto tudo, e um dia o HOMEM seja um ser evoluído, como se diz.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Números

O ser humano usa vários tipos de linguagem e de códigos. Os números são uma forma simples de cada pessoa se expressar e perceber a expressão dos outros. São uma forma tão simples que às vezes até se perde a humanidade de tão reduzida que se torna a linguagem através dos números.

A matemática analítica irrita-me profundamente, são só números e simbolos que querem dizer coisas como "contido em" ou "pertence a". No entanto, esta é uma das áreas que só lá está quem quer, uma vez que ninguém é obrigado a faze-lo. Depois há o dia-a-dia, onde mais uma vez tudo se "simplifica" com os números. Os descontos vêm em forma de número, os preços, as datas, as horas, os pesos, as alturas, a identificação telefónica, as casas, tudo e mais umas botas tem números. Depois há quem tente atribuir números às pessoas como maneira de as identificar (como se o próprio nome não fosse já uma normalização suficientemente desumana) e há mesmo quem seja o 403, o 62865 ou o 156830). Fantástico.. Há ainda quem goste de quantificar as pessoas. Embora este seja um desporto com muitos adeptos em todo o mundo, a quantificação de qualidades humanas é desumano. Cria disputas e ódios, desigualdade e tristeza. Quem tem uma boa quantificação considera-se o maior, quem tem uma boa quantificação nem sempre se sente o pior verme à face da terra, mas há situações em que isso acontece. Depois há as avaliações escolares e/ou académicas que matam os neurónios de quem anda neste mundo sem querer que elas incomodem. Concentremos-nos um instante sobre estas últimas:

Se por um lado é bom que existam, para que tudo não atinja o caos ,acabando mesmo por servir como modelos pedagógicos em certas situações, por outro lado, em situações de crise podem-se tornar um autentico pau de dois bicos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sorte

Sem dúvida que gosto de abusar da sorte. Mas quem não gosta?
Quando tenho um pouco quero ter ainda mais um pouco. E quando há mais um pouco pode haver mais um pouco ainda e ainda mais uma quantidade de tão poucos que tão poucos são que nunca parecem muito..

No entanto, vezes há em que querendo poucos e poucos, se perde muito ou se fica com nada. Para essas horas há a solidão, que real ou aparente, quando acompanhada por uma boa música sabe a saudade.

Mas pronto, sorte é incerteza, é desumano, inumano, de controlo intangível.

sábado, 8 de novembro de 2008

Outono/Inverno

Parece que foi ontem a chegada da Primavera e todo o meu contentamento...
Pois agora estão a chegar os tempos tristes do Outono e do Inverno. Digo tristes não porque falte o cheiro das castanhas ou o cheiro da chuva, mas tristes porque há menos horas de exposição solar. Porque há mais nuvens no céu que não deixam chegar a luz...
E tudo isto acontece agora que começa um novo período de trabalho. Agora sim, deveria vir o calor e o Sol.

Mas não, deixam-se os chinelos e os decotes nos armaários e saem à rua as botas e os cachecõis. Saem os guarda-chuvas e os olhares tristes. As correrias moderadas para não esorregar na calçada desgastada e o olhar constantemente para o céu para ver quando vem a próxima descarga de água.

Há sítios, onde faz muito frio e vê-se a neve no cimo da serra. Onde o expirar parece uma baforada de um cigarro e o primeiro inspirar na rua parece um ataque à nossa integridade física. Há sítios onde o Outono cheira mesmo a àrvores e a lareiras, cheira ao sol das 11h da manhã que derrete as geadas e que dá um aroma que nenhuma especiaria indiana conseguirá algum dia atingir. Há sítios que trazem saudades no Outono/Inverno. Enfim..

Contudo, o Outono/Inverno também é lindo como todos os outros, é solamente um pouquito mais dificil, mas ninguém disse que isto era fácil. Ou, como se diz na língua inglesa, nobody said it was easy, como diz a canção:

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Life again..

que cena triste a vida..
triste porque ora despoleta como um raio de luz
ora se amufanha como um telhado que sucumbe à força que a neve nele exerce.

música..
a vida é música e a música é vida.
nestas voltas todas ainda acho que a música supera tudo e todos
dizem que ela, a música, é a expressão dos homens.

há músicas que se repetem em refrões, há músicas sem grandes versos, há milhões de tipos de músicas e há músicas como vidas...

há, ou houve, um homem que me fascina
ele cantava algo como:

"And now, the end is near;
And so I face the final curtain.
My friend, Ill say it clear,
Ill state my case, of which Im certain."

e na realidade, há momentos da vida que se parecem com estes versos
quando tudo parece realmente mau, mal feito e tudo definha na nossa cabeça
no entanto, a maneira como esta música acaba é algo espantoso (tal como a vida depois acaba por ser)


"For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught.
To say the things he truly feels;
And not the words of one who kneels.
The record shows I took the blows -
And did it my way!"

para que serve um homem?
para que servem as tristezas e as alegrias quando chega um fim ou uma altura menos boa?
no fundo não somos nada e andamos a lutar por algo e no fim acabamos com nada;
ou seja, trazemos nada e levamos nada: o saldo é sempre positivo.

I will do it my way...sure i will

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Amigos

Quando se precisa de um amigo por quem se chama?

Por esse amigo mesmo ou esperamos que ele apareça?A sorrir e a perguntar como estamos?Depois nessa altura eu direi Estou bem, obrigado.E tu?

E aí esse amigo me dirá se está mesmo bem ou se está mal. Se está bem vamos rir um pouco com as peripécias da vida passada, presente ou mesmo futura. Se está mal tentarei consolar a sua mágoa e fazê-lo feliz.

Entretanto já me esqueci de mim...

E quando precisar de um amigo, vou mesmo ter contigo, ou espero-te só? Espero uma altura que possas e que eu diga tudo o que sinto?

E entretanto? Continuo a esquecer-me de mim e a pôr-me sentado numa cadeira todos os dias?

E quando precisar de um amigo, choro? Ou rio?

E quando me sentir só sozinho?
E quando me sentir só triste?
E quando me sentir sem saber o que sinto, simplesmente apático por não sentir os membros que me constituem o corpo mental tantas vezes mal alimentado e maltratado e desorganizado e desfigurado e sem sentido como uma frase longa sem pontuação nem pausas ou sentimentos sentidos?

enfim,

simplesmente digo a mim mesmo:
"tira a mão do queixo não penses mais nisso...."

Fado

(ninguém começa um texto pela interjeição "Pah", mas eu não sou ninguém:)

Pah, tenho saudades do cheiro do fumo da lareira, do seu calor nos meus aniversários, nos meus natais, nas minhas passagens de ano, no dia dos reis, no carnaval, na quaresma, na páscoa e no finzinho da primavera.

Depois começa a aquecer e deixa-se a lareira. Começa a cheirar a flores, isto quando as manhãs já não são vividas pela geada. Depois cheira a Verão, num cheiro que nem hoje, 19 anos depois, sei descrever. É algo único: cheira a calor, as ervas secas, sei lá, cheira a vida, a amor..

Depois vem o outono e o inverno. Repetem-se as festas, as efemérides, as vidas, os costumes.

Sempre me falta, onde estou, algo ou alguém que está onde não estou. Não é tudo é só parte, mas às vezes custa a passar essa saudade. Custa a passar com o sono ou com o trabalho. Custa a passar com uma lágrima ou um beijo..

enfim,

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Família: cenas engraçadas about

Hoje estava a ver o Moita Flores mais os amigos na Sic a falar sobre o jogo da roda.
Mas não foi bem isso que me fez escrever.

A cena é:

O que é a família para cada um de nós??

A Igreja Católica, pela mão de Cristo, diz que a família é a base da sociedade. E que a família é formada por um pai e uma mãe e os seus filhos, isto no geral. Ela nega que casais homossexuais ou divorciados ou em que algum conjuge seja poligâmico possam constituir uma verdadeira família, ao ponto de negar a administração de sacramentos a essas mesmas pessoas.

A segunda cena é: estará isso correcto ou não?

A priori, a minha mente liberal diz-me que está mal, porque isso é estar a negar a igualdade entre todos. E porque cada qual é como é, podendo ser boa pessoa sendo aparentemente "má" pessoa.
No entanto, não posso negar, que nos últimos tempos, os divórcios tenham aumentado, a cena de os homossexuais quererem compor família também, entre outros exemplos que a minha curta memória por vezes me omite. Ora, a par disso, aumentam também os problemas sociais. Há desemprego, falta de auto-estima, falta de dinheiro, falta de muitas outras coisas que os jornais e as televisões bem relatam. Não será, que poderá haver aqui uma ligeira correlação entre estas coisas? Ou será mesmo pesada? Será que toda esta crise se deve ao facto de todos quererem ter renunciado aquilo que outrora se disse e impos como correcto, pelo simples facto de se contrariar?

Não será, que com isto tudo se andaram a construir famílias instáveis e fragilizadas por estas coisas de pensar em frente?

Como dizia o amigo do Moita, as pessoas hoje em dia refugiam-se em tudo para tentar esquecer a crise, e isso inclui o jogo da roda, o futebol, o crime, a violência, a comida ou o alcool. Ora, como esses valores da família, da união, da inter-ajuda, do apoio incondicional, estão muito em desuso, devido aos factores que eu referi e a outros, ninguém se vira para a família e todos procuram a auto-ajuda em livros e milagres dos professores africanos que tiram o mau-olhado.

Não seria mais saudável voltarmos aos valores familiares invés de andarmos nesta santa hipocrisia de querermos resolver este problema social com comprimidos e terapias e terapeutas?? Eu acho bem que sim. O mundo já passou muitas fases e muitas delas serviram apenas para afastar o homem dele próprio, chegando-o próximo de tudo menos dos sentimentos. E esta é uma boa fase para que isso se inverta. Agora que se pensa na comida saudável, na energia renovável, era engraçado voltar também aos padrões sociais base que, esses sim, nos podem tornar um país mais forte.

Ora, o Jesus, não estava assim tão enganada ao dar essa importância à família, porque isso hoje em dia está-se a autodemonstrar.

Salvaguardo aqui a ideia, que isto não é falível. Apenas quero dizer que poderia haver muitas mudanças se a família fosse encarada com o valor que deve ter.

See you

Concentração

A concentração é como um planta. Nasce, cresce e morre connosco.

De início é alimentada pela semente que lhe dá origem, pelas energias acumuladas nessa mesma semente. Vai vivendo daquilo que lhe desperta interesse. Mais tarde, começa a ser imposta, alguém nos pede que estejamos quietinhos e calados e ouvir ou ver algo, mesmo que sejamos as crianças mais irrequietas do mundo.

Passado isto, começa a notar-se se somos ou não pessoas que têm boa concentração. Se os ramos da pequena plata estão fortes e as folhas saudáveis e a recolherem o melhor da luz do sol. Continuamos a insistir naquilo que nos desperta interesse mas cada vez mais temos de nos concentrar contrariando qualquer estímulo exterior ou mesmo interior. Vamos passando por vários níveis de exigência, na escola ou fora dela, e sempre a nossa concentração vai sendo testada e aperfeiçoada, ou não, consoante o poder que consigamos exercer sobre ela.

Há no entanto, fases em que essa planta precisa dos nutrientes certos que uma má alimentação não sabe dar. Há quem tome pequenas drogas, mas parece que isso faz bem a curto, mas destrói a longo prazo. Ora, nestas horas, em que eu olha para a minha plantinha da concentração e para todo o resto do jardim composto por outras plantas e penso que na realidade tenho de tratar de todas elas, e desta em especial, declaro a mim mesmo que tenho de saber mais e mais de mim. Que tenho de saber lutar contra as adversidades e tomar bons alimentos para que ela me possa ajudar na vida e no mundo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Freedom

Free Nelson Mandela; AKA - The Specials

Palavra de ordem dos ultimos dias: Vencer

para vencer é necessária força e coragem. Para se ter força é preciso comer e manter o corpo saudável. Para ter coragem é preciso comer e manter a mente saudável.

Para adquirir comida há os supermercados. Para adquirir uma mente saudável, alem de ter de ir a um supermercado, um ser humano tipo eu tem de procurar dentro de si aquilo que realmente o compõe e ver a qualidade dessa matéria. Se ela tiver qualidade siga e força que para a frente é que é lisboa. Se a matéria tiver deteriorada é preciso defenhar na imensidao da preguiça, da melancolia, do sofrimento, da entrega ao nada.

enfim... no fundo, vencer é ser livre. é estar alimentado e ter uma mente saudável de qualidade. há que habituar aos altos e baixos e aguentar sobretudo os baixos, porque os altos já nascemos naturalmente adaptados para eles.

viva o verão, a liberdade, a força, a mente e os supermercados (enquanto houver camiões)

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Joystick

Joy=Alegria ; Stick=Bastão
Joystick=Bastão da alegria

Deixando-me de traduções à letra e de joysticks quero reflectir em conjunto com o estimado e querido leitor sobre o conceito de controlo. Metaforicamente este conceito pode estar associado ao joystick, dado que no mundo da realidade virtual, o joystick nos permite comandar as coisas.

Mas pensemos, no mundo real, quem é que tem o joystick? Quem comanda?

Começando pela nossa própria vida; quem manda nela? Quem a comanda?

Passando ao nosso mundo real exterior; quem manda nele? Quem o comanda?

E pensando no futuro de nós e do mundo; onde chegará ele? E como lá chegará?

Há crises na sociedade, na economia, no ego das pessoas e em muitos outros sítios. Mas o que causa isso é uma profunda e tenebrosa crise de liderança. Os nossos líderes ganharam o joystick (Bastão da Alegria) e agora divertem-se brincando e fazendo tudo o que podem para poderem desenvolver e enriquecer ao máximo aquilo que é mais importante para eles e todos nós: o seu próprio bolso. E nós, assistimos a tudo numa turbulenta calma cheia de manifestações que servem para que os governantes saibam que ainda há pernas no nosso mundo e que "ladramos mas não mordemos".

Os líderes nacionais apelam à poupança, mas queimam mais dinheiro que a central termoeléctrica que está à entrada de Lisboa. E isto, pensando sempre no meio ambiente, na sustentabilidade e em todas essas coisas bonitas.

Os líderes mundiais apelam a que as pessoas vão às compras para poderem esquecer as tragédias.


Isso sim, é um grande golpe ao nosso comando, deixarmo-nos ir para onde os outros querem sem questionarmos o porquê.

Ir à compras é um pau de dois bicos e não resolve absolutamente nada a não ser aumentar os rendimentos dos líderes mundiais, que exploram os pequenos e querem arrastar as massas a serem pequenos bonecos comandados pelo seu joystick.

Entretanto, andamos todos contentes pensando que quem manda somos mesmo nós. Que o facto de nos subjugarmos ao que nos é possível ou mais fácil nos trará mais felicidade. E depois deparamo-nos com o desemprego porque não temos líderes e porque temos uma massa de trabalho pouco formada, porque não teve condições de se formar ou simplesmente teve preguiça de o fazer. Deparamo-nos com poder podre sem escrúpulos, alpinistas sociais que fazem fraudes desde o pré-primário até à faculdade só para encherem, como diz a minha avó e peço desde já perdão, o "cú" de dinheiro.

E nisto, andamos atrás de promessas, sindicatos, partidos, religiões e futilidades de comprazinhas só para andarmos hipnotizados e esquecermos o potencial que temos, cada um dentro de si.

"A quem muito é dado, muito é exigido", mas nós limitamo-nos a acenar com a cabeça ao facto de sermos os coitados da cauda da Europa e esperar que alguém faça alguma coisa por nós.

A história tem provado ao longo dos séculos que as pessoas raramente se apercebem dos seus verdadeiros salvadores, e alguns acabam mesmo por ser crucificados. Entretanto idolatram-se ídolos de pés de barro que dizem ter olhos para as coisas, mas que têm é muita lábia.

Contudo, sempre disse que as pessoas gostam de ouvir aquilo que querem ouvir, nem que isso não seja a verdade. E no mundo de hoje onde a publicidade e a maquilhagem são artes mais do que aperfeiçoadas, a cantiga do bandido soa a hino da nação, e os lobos maus cheiram a salvadores.

Onde anda toda a gente com a cabeça? Ou sou só eu que ando a ver mal? Estarão os óculos sujos??

A política portuguesa é uma sujeira e não encontro ninguém, de nenhuma cor política que me inspire confiança. Têm todos cara de abutres, de charlatões, prontos a receber mais um título para lhes engrandecer a reforma.

A administração pública está um caos, porque mais uma vez o pessoal acreditou no mito dos recursos infindáveis, mesmo depois de ouvir que o peixe está a acabar no mar. E nesta situação, as pessoas boas até se retraem de fazer o bem quando vêem que o mal é que resulta. A corrupção é que resulta. O tráfico é que resulta. A violência é que resulta.

Depois destes dois pilares anteriores temos a sociedade, que influenciada por tão bons líderes tenta ser ainda pior que eles. Depois temos os imigrantes que sentem em Portugal uma casa muito melhor que aquela que deixaram em África ou no Leste da Europa, mas que depois chegam aqui e vêem o estado disto e conseguem ser ainda melhores que nós. Conseguem rapidamente aprender a estorquir os outros, a enganar, a mandriar, a roubar, a contribuir para ainda nos afundarmos mais. Contudo, e não pense o estimado leitor que sou xenófobo, o povo português também gosta do assalto e da insegurança nas grandes malhas urbanas, que conseguem grandes proezas como as de juntar pobres e ricos em quarteirões contíguos e de absorver todos os fundos e capitais nacionais, deixando o interior empobrecido, isolado e deserto. Interior esse com maus e demorados acessos que não atraem as grandes massas, que preferem a calma e a natureza apreciável num centro comercial onde "há tudo".

Depois o património, que o governo esquece ou vende porque é tanto ou o património que o governo quer desenfriadamente construir porque vai amealhar uns "cobres" e porque até tem ex-ministros em firmas de renome nacional e internacional.

E lembre-se o leitor que o título do tópico é Joystick. E lembrando-se, pense, em que mãos anda o joystick para que isto tudo aconteça? Mandamos mesmo alguma coisa? Não. E porquê? Porque não queremos. Porque fizémos revoluções para que caissemos novamente em ditaduras maquilhadas e devidamente publicitadas que parecem tão livres que até nos rimos quando gozam com elas.

Começa a ser hora de dar um murro na mesa. Isto de deixarmos o joystick por aí nas mãos de quem quer já deu neste belo preço dos combustíveis e nesta bela qualidade de ambiente que cada dia vamos tendo de forma pior. Os combustíveis que pareciam inofensivos quando eram a 20 tostões o litro são agora o nosso pior inimigo porque já os deixámos entrar tanto na nossa vida sem nunca nos perguntarmos o que estávamos a fazer. E o ambiente, que parecia eterno e imutável, afinal não é assim tão sólido. Mas o mais gravoso, é que a Terra, sendo um sistema auto-equilibrável, vai conseguir superar todos estes problemas ambientais, tal como o homem antigo pensava, mas com uma diferença: é que o homem poderá não aguentar a superação reactiva da Terra, porque comparado com ela é uma criança.

E no meio desta brincadeira toda, há malta que pergunta Mas onde é que está Deus nesta altura que é tão preciso para resolver os nossos problems? Ora, Deus tem sido afastado da nossa vida por nós mesmos e agora é um pouco estranho que queiramos que Ele venha de um dia para o outro resolver a bacurada toda que fizemos. E Ele só virá no dia em que O deixarmos entrar e percebamos que Ele está em tudo quando não exploramos indevidamenete os recursos naturais e humanos, quando usamos o dinheiro para muito mais do que resolver os nossos problemas, quando não pensamos em nós e na nossa preguiça ou nos outros e nos seus defeitos, quando perecebermos que temos de trabalhar com sacrifício pelo nosso país para que ele saia da crise que está a passar em todos os níveis éticos, sociais, humanos e materiais.

Enfim, sou um triste a pregar para o deserto cibernautico.

E o título era o joystick... Onde é que ele anda?



segunda-feira, 26 de maio de 2008

O que somos

O que somos quando não temos nada?
O que somos quando tudo que temos não vale mais que um relógio partido que nem as horas deixa ler?
De que vale a alegria de conhecer as mais lindas praias do mundo se outros nem podem sair do seu quarteirão, presos à necessidade de guardar o pouco que têm?
Que alegria é essa que nos agarra aos bens que se tocam?
Que alegria é essa que nos agarra aos amigos?
Que alegria é essa que é tudo quando nem um relógio temos?
Que sorte é essa de nascermos com tudo se não sabemos ganhar nada?
Que alegria é essa em ser feliz com o pouco que a mão vai conseguindo apanhar?

Quem somos nós no Mundo se não o queremos igual se somos no fundo todos iguais?
Porquê tanta coisa se "o essencial é invisivel ao olhos"?
Porquê tanta coisa se Deus e os deuses vivem no coração das pessoas e não no seu exterior?
Porquê tanta ambição se acabamos todos da mesma forma sucumbidos como pardais à morte certa?

O que queremos não sabendo o que queremos mesmo?
De que serve querer se não se sabe para onde se vai?

sábado, 17 de maio de 2008

A-team

Ten years ago, a crack commando unit was sent to prison by a military court for a crime they didn't commit. These men promptly escaped from a maximum security stockade to the Los Angeles underground. Today, still wanted by the government, they survive as soldiers of fortune. If you have a problem, if no one else can help, and if you can find them, maybe you can hire... The A-Team.


Theme from The A-Team (tv) - B.A.Baracus


If you have a problem, if no one else can help, and if you can find them, maybe you can hire... The A-Team


domingo, 11 de maio de 2008

Weeks



A vida agora resume-se a deixar passar as semanas mantendo alguma sanidade mental.
Hidráulicas, Resistências, Matemáticas e Análises, Investigações e afins são o pão de cada dia que me comprometi, sem saber, a comer todos os dias.

No entanto ainda mexe qualquer coisa, "I've got a red hot heart", e vou aqui escrevendo qualquer coisa, se bem que este post é quase só para justificar a música.

Beijos para os leitores assiduos, que eu sei que são muitos e para os leitores novos que também sei, por portas travessas vão sendo cada vez mais, e também para aquelas pessoas que nunca irão ler isto, é por elas que rezo todos os dias à noite.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Fx U



"When you try your best, but you don't succeed,
When you get what you want, but not what you need,
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse!

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite to bones
And I will try, to fix you"

em poucas palavras esta letra diz tudo.
é só para fazer pensar

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Os grandes PORQUÊS do meu mundo:

Depois de não ter entendido bem ainda para que servem as análises matemáticas ou pelo menos para que servem serem tão ácidas quando o meu curso não é de matemática pura, deparo-me agora com outro grande enigma da humanidade:

MAS PORQUE RAIO ESTA FUNÇAO ME FAZ ALGO QUE EU QUERO SEM EU LHE PEDIR???:

function [ ] = ErrMetNewtonf2( )
z=2.1745593;
x0= 1;

f= 1/((x0)^(8)) - (1/500);
g = (-8*(x0)^(7))/((x0)^(16));
x1 = x0 - (f/g);
n = 0;

while (abs(x1-x0) >=(10^-6) )
x0=x1;
f= 1/((x0)^(8)) - (1/500);
g = (-8*(x0)^(7))/((x0)^(16));
x1 = x0 - (f/g);
fprintf('o erro da iterada e %d e: %d\n', n+1 , abs(z-x1));
n=n+1;
end
end

ans:
>> ErrQmetNewtonf2
o erro da iterada e 1 e: 8.279830e-001
o erro da iterada e 2 e: 5.684044e-001
o erro da iterada e 3 e: 3.390023e-001
o erro da iterada e 4 e: 1.597208e-001
o erro da iterada e 5 e: 4.905848e-002
o erro da iterada e 6 e: 6.517067e-003
o erro da iterada e 7 e: 1.532845e-004
o erro da iterada e 8 e: 9.799980e-008
o erro da iterada e 9 e: 5.137438e-014
o erro da iterada e 10 e: 5.740386e-016

nao é fantastico??
eu nao perecebo a funçao mas ela percebe-me a mim.
(preciso mesmo de encontrar alguem que seja assim)
(e alguem que tambem entenda de ACED, ja agora)

Egoísmo

Vinha a subir a alameda e a pensar em como sou bom para os outros.
E a pensar se realmente sou bom para os outros.

Quase concluí que a minha bondade é um reflexo do meu egoísmo, porque sou bom e atencioso (por vezes), para que os outros gostem de mim e me estimem; e isso não é ser-se senão egoísta.

Afinal, todos os passos que dou são egoísmos..(e eu que até defendia que o egoísmo é um crime moral).
E se calhar é mesmo um crime moral. E se calhar é mesmo a mais correcta e pura realidade humana.
Mesmo que me conforte saber que com o meu egoísmo posso amar pessoas também me desconforta saber que o meu egoísmo magoa pessoas.

Dado que referi o "(por vezes)" umas linhas acima leva-me a atalhar que ser arrogante ou mesmo mesquinho, "desumano" ou maléfico, coisas que não faço para que as pessoas gostem de mim ou me estimem é na realidade a minha realidade.(mas isso acaba por ser pior ainda que ser egoísta)

Resumindo e baralhando, não sou um bom caso de estudo para mim mesmo porque ou me conheço bem de mais ou mal de menos, o que é desconfortante quando se pensa nesta *estória do egoísmo.

(*estória não é um erro)

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Comida transexual

Hoje na cantina fui surpreendido:
A senhora assim: O que quer? e eu: Quero dessa carne aí ( e apontei para uma carne fatiada assada). E ela: Mas isto é macrobiótica...Ok ok, então quero peixe...

Acho uma profunda falta de bom gosto os homens vestirem-se de mulheres para enganar outros homens, bem como mulheres vestirem-se de homens para enganar outras mulheres ou simplesmente para poderem ser professores de ACED do IST.
Agora mascararem um "bife" de seitan e rebentos de soja e tofu e broculos e tudo que é comidinha que a minha maezinha dava ao porco mascaradinho de carne assada acho que é duma crueldade total.

Esta culinária já não é o que era.
QUEREMOS ISCAS NA CANTINA!!!
(depois queixam-se que os alunos têm más notas... pudera; a comer estas porcarias por 2,10€ antes dos testes não vamos longe)

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Chama Olimpica

A chama olimpica vem a portugal?

Gostaria de pedir as altas patentes da administraçao nacional que leêm assiduamente este blog que fizessem tudo por tudo para que a chama viesse cá.

Isto porque se ela ca viesse as pessoas iam todas concentradas para os jeronimos ou para a expo e eu assim ia mais rapido para a faculdade. a malta dispersava e depois o autocarro ia sempre "lha dar".

Depois era tambem uma maneira de portugal aparecer nas tvs do mundo todo com os nossos manifestantes a apoiar o tibete e os chineses todos do martim moniz a matar esses manifestantes. Era giro.

Fica aqui o repto.

domingo, 20 de abril de 2008

Carta ao Pai Natal

Querido pai natal,
raramente te escrevo e penso mesmo que nunca te escrevi.

Sei que nao é natal e que ainda nem o verão veio, mas acredito que a tua caixa de correio encha por volta do noel e assim tenho a certeza que recebes a minha carta.
Hoje o meu vizinho de cima andou a reparar o chao com uma modesta rebarbadora que faz algum barulho.
Ontem apanhei uma molha de todo tamanho e cheguei num pingao a casa.
Anteontem deixei pegar o meu belo arroz e foi um desastre de jantar.
Tresantontem fui correr para a marginal e nao havia mar, ate que me lembrei que moro no meio da cidade e o mar é muito longe.
Há 3 dias a minha vizinha do lado ajudou-me a subir as escadas porque eu vinha carregado de compras.
Há quatro dias levantei-me da cama com vontade de lá ficar.
Há cinco dias que não como coisinhas boas doces ou salgadas.
Há seis dias que ando tenso com todas estas coisas que me vão pedindo e que não sei bem onde encontrar respostas.
Há um mês que chove.
POr isso,
queria um vizinho que não fizesse biscatos aos domingos;
queria um bom guarda chuva ou entao o passe de autocarro tambem dava jeito, se bem que fazer uma cobertura sobre o percurso que todos os dias faço não seria mau de todo;
queria um curso de cozinha ou entao uma cozinheira que soubesse dar miminhos e que fosse boa ouvinte e atenciosa para que as minhas refeiçoes fossem melhores;
queria morar em frente ao mar para o ver todos os dias;
queria um elevador para o predio;
queria ter menos preguiça;
queria outra cozinheira;
queria um massajador facial para estar em harmonia com o mundo e nao andar tenso;
e queria que me deixassem ouvir a chuva que cai ha um mes, mas ouvir em sossego sem barulho de televisoes ou pessoas ou carros ou ambulancias ou a musica mesmo a musica que passou da minha melhor amiga para uma posiçao que me irrita.

Fim

P.S.Se nao souberes a minha morada deixa aqui um comentario no blog que depois eu peço a alguem que te va buscar porque tambem ainda nao tenho carro.

sábado, 19 de abril de 2008

Estado das coisas

Queira eu subir uma montanha ou descer às profundezas do mar terei sempre de lidar com variações de pressão. Só estando à mesma cota não se sente essa variação. Ou então quando se sobe pouco ou se mergulha igualmente pouco é que também não se sente.

Ora, eu ultimamente ando armado em alpinista e com a mania de subir às montanhas que acho bonitas. A meio do caminho começo a sentir uma pressão esquisita e desconfortavel. A 3 quartos de caminho sinto uma vontade irrestivel de voltar para tras ou simplesmente cair ao chão como um corpo morto. Nesse um quarto que falta para a meta, e depois de sentir essa pressão, por vezes continuo a seguir e acabo por chegar ao topo da montanha. Outras vezes caio e acordo dias depois e aí retomo a caminhada. Outras vezes caio e rebolo pela encosta abaixo até ao mar, e aí, sem querer, vou mergulhando no oceano e a pressão começa a aumentar ainda mais e é cada vez mais dificil voltar à montanha. Outras vezes fico simplesmente de pé a lamentar-me da pressão e da falta de ar que se faz sentir a um quarto do caminho de atingir uma meta bonita.

Mas o mais engraçado disto tudo é que eu nunca sei bem se estou na montanha ou na planicie. Se estou a meio, a um quarto ou se estou mesmo no fim na meta. Também não percebo, o que torna isto ainda mais engraçado, porque razão se sente pressão quando se sobe uma montanha dado que a pressão diminui uma vez que a coluna de ar que está por cima da nossa cabeça é cada vez mais pequena. Seria de esperar que no mar a pressão aumentasse directamente com a profundidade, o que não seria de esperar quando se sobe a montanha, pelas referidas razoes.

Sem querer causar confusão no meu dito, acrescento a esta ideia que a água exerce sobre um corpo nela mergulhado uma força vertical de sentido baixo-cima, de intensidade igual ao peso do volume de água deslocado, e que contraria o movimento do corpo que é no sentido do centro da Terra. Assim, a água acaba por ajudar a voltar à montanha, ainda que não se note quando lá caímos desalentados e pensamos que ir ao fundo é o nosso destino certo. Ir ao fundo, ou ir em direccao ao fundo também é bom. Ao menos aí sabemos mais ou menos onde estamos.

Enfim, baboseiras é o que isto é.

terça-feira, 15 de abril de 2008

As pessoas existem para as pessoas.
O homem existe para a mulher
E a mulher para o homem.
O homem existe para o homem,
E a mulher existe para a mulher.

(Tantas guerras que se evitariam se todos percebessem
Aquilo que realmente vale,
Aquilo pelo qual deveremos lutar,
Aquilo que nos engrandece como espécie,
Aquilo que nos tira do chão, que nos impede de andar de rastos ou em quatro apoios.
Aquilo a que chamam inteligência.
Isso que se pode e deve aliar aos sentimentos
E se deve usar para separar as coisas boas das más
Como uma criança separa as coisas que lhe são queridas das que não são
Às vezes só com um simples sorriso.
Às vezes é nas crianças que as coisas mais simples do mundo vivem.
Às vezes é nos sentimentos que elas ainda têm puros que deviam ter inspiração as grandes obras do mundo.
Às vezes deviamos deixar o Amor falar.)

As lágrimas existem para materializar a alma
E o sorriso para encher o coração de alegria.
O Amor existe para mostrar
Que por muitos pontapés que o mundo leve
Há sempre dentro do Homem algo que é mais do que carne:
Que é força e natureza firme,
Que há uma chama dentro dele,
Uma chama que alguns chamam deus,
Outros chamam honra, e outros apenas coração, "bom coração",
E que eu chamo amor, Amor.

sábado, 5 de abril de 2008

Malta que está metida em casa (tipo eu):

colem a palma da mão no queixo e coloquem os olhos à altura do monitor e ponham PLAY e visionalizem/ouçam o elemento audiovisual acima colocado, confortavelmente.

A música não está com muita qualidade, mas com este vídeo só encontrei esta.

A razão de ter posto isto é só uma: tava farto de estudar e liguei o YOUTUBE e simplesmente viajei ao ver o vídeo, aliviei a cabeça e ainda conheci uma cidade qualquer.

Segundo a legenda que está no TUBE isto é no Reino Unido. Salvo ignorância minha, lá conduzem pela esquerda, o que não acontece no vídeo, o que torna duvidosa a informação. Depois há uma coisa interessantissima que é o facto de ele não parar nos vermelhos.

A música é linda, Tell me that you'll open your eyes e mais umas coisas lá pelo meio.

Disfrutem, se é que alguem alem de mim lê isto, e pensem em lugares e pessoas queridas, se não "podem" sair do sitio onde estão.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Teoricamente exigente e Praticamente preguiçoso

Introdução:

O que separa a teoria da prática, para mim e a estas horas da noite, é o mesmo que separa o corpo da alma. É uma cortina tão ténue ou espessa que às vezes parece que não existe, outras vezes parece que é nela que vivemos duma forma confortável e outras ainda parece que é tão densa que a nossa vida parece uma treva.
Quando Deus me criou à Sua imagem e semelhança deu-me uma série de atributos, alguns deles ser um exigente teórico e um preguiçoso quase desenvencilhado.

Desculpas:

Acredito que uma grande maioria do Mundo seja como eu e viva escondida no Não tenho tempo, ou Ninguém me ajuda, ou O meu feitio é mesmo este, que posso fazer? Acredito também que há gente de força, com os seus altos e baixos, tal como eu, e que consegue ser forte naquilo que sou fraco e consegue ser fraca, penso eu, naquilo que eu sou forte (e às vezes pergunto-me em que raio serei eu forte).

Soluções:

Ter um emprego desgastante ajuda as pessoas a não pensar tanto no que não deve. Eu estudo, é desgastante na medida em que me concentre e diga Trabalha pah! o que nem sempre acontece nos momentos certos. E quando não acontece dou por mim a escrever aqui não sei bem a quem, talvez a mim mesmo daqui a uns anos (quem sabe!!).
Direccionar a cabeça para outras coisas, quando não se tem um emprego desgastante também é uma boa opção. Há praticantes deste desporto que são muito melhores que outros. Considero-me um praticante de nota 10 (de zero a 20).
[chega de soluções parvas..]

Desenvolvimento:

A vontade própria é sem dúvida a única melhor solução para toda esta problematica. A questão prende-se em quando não há vontade própria. Aí há que usar esquemas diversos, como jogar basquete com bolas de sabão ou saltar à corda com fios de azeite. E pergunta-se o estimado ouvinte, Mas que raio faz a alguem o facto de jogar basquete ou saltar a corda com coisas impossiveis? E eu respondo, Desde que isso sejam coisas que queiramos e nos estimulem o ser bom que há em nós, o ser consciente que nos arrasta para a motivação, são o melhor que se pode fazer. Agora há é quem faça outras coisas mais engraçadas.

Exemplos de coisas engraçadas:

Karate;
Musica;
Futebol;
Assaltos;
Bulling;
Trabalho comunitario;
Partir casas de banho;
Passear;
Beber;
Fumar;
Dormir;
Ler;
Ir ao talho;
Fazer bordados.

Comentário aos exemplos:

Há bons e maus exemplos. Há exemplos que são absolutos ou relativos. E não me querendo perder, isto são exemplos que juntam o corpo à alma. E o ouvinte diz Mas assaltar não é de quem tenha uma grande alma... e eu digo Mas meu amigo não somos todos bons no Mundo e a Vida é assim.

Conclusão:

Vou continuar a ser uma pessoa teoricamente exigente e praticamente preguiçosa, ainda que tenha escrito isto tudo duma forma expositivo-conclusiva e que isto me tenha saido, sem duvida, do coraçao. Contudo acredito que nao va ser tanto teoricamente exigente e praticamente preguiçoso e que me porte um pouco melhor.
Fica aqui o repto a mim mesmo.

sábado, 29 de março de 2008

Lisboa é um "mundo anónimo"... não foi assim que começou a conversa mas foi isto que me ficou dela por entre as palavras que não consegui entender devido à sua pronuncia beirã e fortemente arraiana.
"Para quem vem para Lisboa sózinho e não tem um grupo sente-se perdido no mundo. Nas aldeias as pessoas conhecem-se, falam nos cafés, tratam-se pelos nomes. Em Lisboa não: ninguém na rua te vai tratar pelo teu nome, Lisboa é um mundo anónimo. As pessoas não se conhecem."
E a bem ver, em Lisboa as pessoas não se conhecem e nem se querem dar a conhecer. A agitação das ruas esconde as pessoas. Raramente se vê convivio entre os transeuntes e em muitas das vezes são pessoas que não regulam muito bem da cabeça e metem conversa para falar do Benfica.
Ontem na TV, satirizaram o governo, dizendo indirectamente que este poderia mexer em todos os pilares da sociedade: na saude, na educação, na justiça ou mesmo na defesa. Só havia um pilar da sociedade que não poderia ser abalado: o Benfica. E não é que a sátira até faz sentido?

Mas voltando ao meu "amigo" arraiano, ao qual eu acenava manifestamente que sim às coisas que ele falava e eu não percebia, e que misturadas com os ruídos aparatosos de um autocarro em fuga para encontrar a sua última paragem, construiam a nossa conversa.
Esse meu "amigo" (ou conhecido, atendendo ao escasso tempo a que já o tinha conhecido) falava da saudade da sua terra, da sua infancia, das suas histórias, da neve e da alegria que esta traz, e da neve e das tristezas que esta traz.
Falou-me indirectamente entre linhas da pobreza da sua infância e daquilo que o interior português viveu durante anos, e que hoje já não vive porque a agricultura é a arte de empobrecer alegremente; e porque os animais e as culturas sofreram evoluções técnicas tão rápidas que a ligeira corrente de água que passa nos rego não conseguiu acompanhar.
A neve, para quem não a vive uma temporada inteira na pele, é um grande inimigo: "o gado comia os fenos e as forragens guardadas durante 2 e 3 semanas e por vezes as pessoas levavam as mãos à cabeça porque já não havia que comer." Os chãos ficavam cobertos e era impossível às ovelhas, às vacas ou às cabras rapar o que quer que fosse do chão.
Conta o meu avô, que é duma latitude e altitude mais baixas que o arraiano, que o gado descia a serra no inverno e pastava os lameiros e prados do sopé da montanha e que no verão, quando tudo secava nos terrenos que outrora alimentaram o gado serrano, rebanhos enormes romavam à serra repleta de verde, numa fusão de pequenos rebanhos de uma dimensão que não consigo imaginar.

E isto tudo porque? Porque no meio da 2ª Circular, num "Carris" articulado que parece uma bailarina aos pulos, rodeada de gente anónima, distante e presentemente ausente, falar de rebanhos, de serras e de neve faz-me sair daqui e sentir alegria e orgulho da minha identidade.

quinta-feira, 13 de março de 2008

O texto do tempo

Vou desfiando as horas em minutos
os minutos em segundos
e os segundos desfia-os o relogio por mim.
de manha quero que o tempo pare
entro no anfiteatro quero que o tempo corra
sento-me aqui e volto a querer o tempo parado
desde a hora do lanche à hora do jantar
e desde a hora do jantar ate a hora em que finalmente me rendo à força do sono
(e à ternura dos lençois)

no fim destas contas aparvalhadas
saem semanas sérias;
saem com uma cadencia de tiro que faz inveja a G3
e que faz inveja a ak-47 (preparada para tudo)
isto porque o tempo prepara-nos para mais do que tudo.
E agora falo por mim,
e digo que o tempo me prepara para mais que tudo,
que o tempo me vem preparando ao longo da vida para mais que tudo,
e preparar para mais que tudo é preparar para nada tambem,
porque agora nao pode sobrar nada em tempo de coisas por fazer,
nao pode ficar nada por fazer.
Às vezes o espaço da agenda é pequeno demais para receber tudo que eu tenho de receber ao longo de um dia.
E no fim penso Nao podia ter feito muito mais? Nao podia ter sido mais util?

enfim,tempo...
as vezes era bom acalmares os cavalos
ou simplesmente, tempo, tirares os cavalinhos da chuva

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Depois também há estas pessoas, que cantando estes temas desta forma dão vontade de viver e querer um pouco mais todos os dias.



E já agora, comam chocolate também.
Há pessoas que fazem o mundo parecer o paraíso na terra, há outras que mais fazem parecer a concretização do inferno. Depois há pessoas que querem esconder esse paraiso ou esse inferno que é o mundo.
Eu prefiro acreditar nas pessoas que fazem o mundo parecer o paraiso e onde a excepção à regra são a violência, que já baixou tanto o preço que já é gratuita, e outros horrores que vai havendo por essas ruas fora.
Ontem vi um video impressionante que partilho aqui:



Faz pensar

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Onde está abril?

Nasci em 1988. Não assisti à ditadura salazarista nem à revolução dos cravos. Diz quem viu que foi um alívio. Os soldados tomaram o poder e deposeram Marcello Caetano. Até aqui tudo muito bonito.

A minha primeira dúvida é: onde estavam os pais da revolução, como chamaram a Mário Soares, ou outros grandes nomes da revolução, quando a revolução se deu?
Se não fossem os ideais dos capitães onde estaríamos agora? Teriam já colonado Salazar, havendo essa hipótese de nunca termos sido libertados?
Não quero assim demonstrar ideais anti ou pró qualquer partido ou ideologia política. Reconheço mérito às pessoas pelo seu valor. Reconheço valor a Álvaro Cunhal, que se batem sem temor, a Salgueiro Maia, que arriscou a cabeça, e a tantos outros homens e mulheres que se bateram pela liberdade e por aquilo que acreditavam.

"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."

Estas palavras foram proferidas por Fernando José Salgueiro Maia, distinto capitão do exército português, que saiu na madrugada de 24 de Abril de 1974 de Santarém em direcção a Lisboa para fazer aquilo que toda a gente sabe que fez. Não foi António de Spínola nem nenhum "pai de Abril". (Se algum dia quis ser militar foi inspirado nesse homem que nem conhecia bem)

Ora, a partir daqui aumenta a pequena bola de neve, iniciada nos tempos em que o Homem ganhou racionalidade, mas que assumiu maiores proporções nesta data. O poder, depois de ganho por homens com honra, passa para pequenos "vermes" que viveram anos escondidos atrás dalguma coisa para a PIDE não lhes dar um jeitinho ao sebo, que davam graxa no velho Estado Novo, pessoas sem ideais, atrás de oportunidades, chamados oportunistas.

Outro ponto essencial é o povo, que unido jamais seria vencido, mas agora está mais do que derrotado. O povo, viveu em repressão anos a fio e dum momento para o outro viu-se livre. Fazendo uma pequena analogia, comparo o povo a um bebé que nasce, que teve limitado algum tempo, que recebia o que lhe davam, bom ou mau, bacalhau ou pão, e que de um dia para o outro desperta para a vida, uma vida livre. Mas como os conceitos de liberdade não estavam enraizados em ninguém e toda a gente ficou livre de um dia para o outro, torno à analogia e digo que abandonaram o bebé, pior, andaram aos saltos com ele no ar e depois o deixaram cair no chão. E porquê? Porque a "mãe" do bebé mudou. Deixou de ser a mulher sofrida e honrada, para ser a mulher oportunista, egoísta e vingativa, que, passando para a realidade e falando nas autoridades administrativas, passaram a deter o poder que tinha sido dado ao povo, e voltou-se a viver numa ditadura camuflada. Toda a gente sabe que as crianças necessitam de grande apoio quando nascem, é essa uma fase muito delicada para elas, mas para Portugal, que já tivera grandes problemas no útero materno, essa foi a pior fase de todas.

Foi a fase em que entregaram Portugal ao oportunismo e ao salve-se quem puder, e isso é mau.

Hoje, quase 33 anos depois, já ninguém liga às vendedeiras de cravos nem ao exército. Hoje vivemos sedados pelas modas internacionais desta aldeia global. Já não temos de lutar por Portugal mas pelo Mundo. Mas é por Portugal que temos de começar. É por cada um de nós que temos de começar, sem medo, sem preguiça, sem inércia.

E a minha segunda pergunta é Onde está Abril? Onde estão as idealogias? Parece que foram trocadas a dinheiro. Isso é mau. Um barco sem leme é presa fácil para uma vaga, por muito inofensiva que ela seja. Um homem sem fé é como um barco sem leme. Temos de acreditar em nós para vencer os desafios da vida, desta nova vida que já não é só aqui e ali, mas que é quase em todo lado ao mesmo tempo.`

É preciso ouvirmos uma voz à cabeça do pelotão a gritar para nós:
"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."`
É preciso marchar e lutar.

"Até amanhã camaradas"

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Duas novas descobertas: Goran Bregovic and his Wedding and Funeral Band & Ofra Haza

Ele é um músico e compositor sérvio-bósnio que toca uma mistura entre ritmos tradicionais da música da sérvia e arranjos modernos e pop. O que dá uma excelente mistura. Já pôs as pessoas a dançar num espectáculo no Casino Lisboa. Considero muito interessante.



Ela foi uma cantora israelita que já se finou. Tinha uma daquelas vozes de filme de quase amor. Não sei muito das suas proezas, ou mesmo se frequentava casinos. Só sei que faleceu em Telavive em 2000.



Espero que gostem.

Terra Nostra: um épico

Depois de ter andado desesperadamente à procura de coisas para aqui escrever, lembrei-me duma muito simples: música. Adoro-a. A ideia não és espetar aqui com músicas e letras a granel ,mas sim mostrar a importância que elas têm para mim, associando-as aos temas que costumo escrever.

Isto é uma pérola do H.J. e da M.R., que mesmo não tendo muita relação com música, penso que é muito interessante para alivar umas tensões.
Daqui a pouco já cá ponho mais qualquer coisa.