Quando se precisa de um amigo por quem se chama?
Por esse amigo mesmo ou esperamos que ele apareça?A sorrir e a perguntar como estamos?Depois nessa altura eu direi Estou bem, obrigado.E tu?
E aí esse amigo me dirá se está mesmo bem ou se está mal. Se está bem vamos rir um pouco com as peripécias da vida passada, presente ou mesmo futura. Se está mal tentarei consolar a sua mágoa e fazê-lo feliz.
Entretanto já me esqueci de mim...
E quando precisar de um amigo, vou mesmo ter contigo, ou espero-te só? Espero uma altura que possas e que eu diga tudo o que sinto?
E entretanto? Continuo a esquecer-me de mim e a pôr-me sentado numa cadeira todos os dias?
E quando precisar de um amigo, choro? Ou rio?
E quando me sentir só sozinho?
E quando me sentir só triste?
E quando me sentir sem saber o que sinto, simplesmente apático por não sentir os membros que me constituem o corpo mental tantas vezes mal alimentado e maltratado e desorganizado e desfigurado e sem sentido como uma frase longa sem pontuação nem pausas ou sentimentos sentidos?
enfim,
simplesmente digo a mim mesmo:
"tira a mão do queixo não penses mais nisso...."
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Fado
(ninguém começa um texto pela interjeição "Pah", mas eu não sou ninguém:)
Pah, tenho saudades do cheiro do fumo da lareira, do seu calor nos meus aniversários, nos meus natais, nas minhas passagens de ano, no dia dos reis, no carnaval, na quaresma, na páscoa e no finzinho da primavera.
Depois começa a aquecer e deixa-se a lareira. Começa a cheirar a flores, isto quando as manhãs já não são vividas pela geada. Depois cheira a Verão, num cheiro que nem hoje, 19 anos depois, sei descrever. É algo único: cheira a calor, as ervas secas, sei lá, cheira a vida, a amor..
Depois vem o outono e o inverno. Repetem-se as festas, as efemérides, as vidas, os costumes.
Sempre me falta, onde estou, algo ou alguém que está onde não estou. Não é tudo é só parte, mas às vezes custa a passar essa saudade. Custa a passar com o sono ou com o trabalho. Custa a passar com uma lágrima ou um beijo..
enfim,
Pah, tenho saudades do cheiro do fumo da lareira, do seu calor nos meus aniversários, nos meus natais, nas minhas passagens de ano, no dia dos reis, no carnaval, na quaresma, na páscoa e no finzinho da primavera.
Depois começa a aquecer e deixa-se a lareira. Começa a cheirar a flores, isto quando as manhãs já não são vividas pela geada. Depois cheira a Verão, num cheiro que nem hoje, 19 anos depois, sei descrever. É algo único: cheira a calor, as ervas secas, sei lá, cheira a vida, a amor..
Depois vem o outono e o inverno. Repetem-se as festas, as efemérides, as vidas, os costumes.
Sempre me falta, onde estou, algo ou alguém que está onde não estou. Não é tudo é só parte, mas às vezes custa a passar essa saudade. Custa a passar com o sono ou com o trabalho. Custa a passar com uma lágrima ou um beijo..
enfim,
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