Hoje dei por mim a querer chegar a casa
e a nao querer encontrar a velhice rabujenta dos tempos;
a querer encontrar-te em casa
olhar os teus labios
olhar os teus olhos e sorrir-te
e beijar-te
e saber do teu dia
e acabar por rebentar e contar como foi o meu dia
e continuar a saber como foi o teu
e olhar os teus labios
e os teus olhos
e beijar-te
fazer um jantar lindo para ti
e pegar-te no colo enquanto te faço rir e rir e rir e rir
(sem deixar pegar a refeiçao)
para no fim vermos o céu no terraço estrelado
ver a cidade na rua varrida das folhas
e a montanha azulada do reflexo do mar no céu
e o sofa quente da televisao desligada
em ternos mimos
e almofadas
e cocegas
sentir o teu aroma
o teu perfume
o teu corpo
o teu cabelo
ver a perfeiçao das tuas maos
do teu rosto
das tuas orelhas
do teu nariz
e dos teus olhos
(mas depois de tudo isto
acordo para a realidade
e percebo que nao existes
que nunca te tive assim
e nao vai ser tao rapido que isso vai acontecer.
acordo e vejo que nem sequer sei quem es tu
a alma gemea para a qual escrevo agora
e penso depois
nessa alma que anda por aí à deriva sem mim
e eu sem ela)
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
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